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DIRETORA DA FENASSOJAF CUMPRE MANDADO NO INCA E FICA EXPOSTA AO CONTÁGIO DO CORONAVÍRUS


 

A diretora de comunicação da Fenassojaf Mariana Liria recebeu, na manhã deste domingo (15), um mandado urgente emitido pela Seção Judiciária do Rio de Janeiro em que o juiz determinou a intimação do Instituto Nacional do Câncer (INCA), na pessoa do médico responsável, para a internação de um paciente.

Segundo Mariana, por volta de 12:15h ela esteve no INCA, localizado no centro do Rio de Janeiro, para o cumprimento da determinação, sendo recebida pela recepcionista do local que a conduziu para a recepção da emergência do Instituto. “Na recepção, local fechado onde havia diversos pacientes e familiares aguardando atendimento, solicitei ser atendida do lado de fora da sala devido à recente classificação de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) do novo Coronavírus”.

Ainda de acordo com a Oficiala de Justiça, já do lado de fora, solicitou a presença da médica responsável pelo INCA para o recebimento da intimação, a qual foi informada que a mesma estaria atendendo um paciente em estado grave, com suspeita de infecção pelo vírus.

“Minutos depois, a mesma informante veio novamente ao meu encontro, desta feita alegando que a médica responsável estaria ocupada com este mesmo paciente e não poderia sair, mas que teria orientado que eu adentrasse as dependências da emergência para a intimação”, conta.

A diretora da Federação reafirmou que não entraria na emergência, diante do risco de contágio e proliferação do coronavírus, e insistiu que indicassem outro profissional para o cumprimento do mandado.

Na certidão, Mariana Liria informa que o gerente administrativo do Instituto esteve do lado de fora e explicou que não poderia receber a intimação e que “considerando as condições excepcionalíssimas do cumprimento desta ordem especificamente, envolvendo a propagação do vírus que conflagrou a pandemia mundial, permiti que o servidor tomasse posse do mandado e o levasse para análise da responsável. Minutos depois, o gerente administrativo retornou informando que a responsável estaria entubando o paciente suspeito de coronavírus, em estado grave, e não poderia sair”.

Mais uma vez, a Oficiala de Justiça enfatizou que não entraria no setor de emergência e solicitou a presença de um substituto para receber a ordem, quando conseguiu cumprir a intimação, mais de uma hora depois, através de um cirurgião oncológico do local.

Ainda de acordo com Mariana, os três funcionários do INCA que estiveram com ela, tocaram o braço da Oficiala de Justiça durante as conversas. “Infelizmente, esse hábito do toque pessoal é da cultura do brasileiro e não temos controle sobre isso. Precisamos ficar atentos também a essas atitudes para evitar a proliferação do vírus”, ressalta.

Por fim, a diretora da Federação explica que não ficou com a cópia do cumprimento do mandado, como forma de prevenção ao contágio.

Para a Fenassojaf, este é um caso extremamente grave, diante do atual momento de crise na saúde pública, em que um Oficial de Justiça esteve completamente exposto ao risco de contágio ao coronavírus. “Chamamos a atenção dos Oficiais de Justiça para que, assim como fez a nossa diretora Mariana, que se neguem a adentrar em hospitais e demais locais considerados de risco, para que possamos não apenas preservar a saúde do Oficial de Justiça, mas fazer com que ele não se torne um transmissor do COVID-19”, finaliza o presidente Neemias Ramos Freire.     

LEIA AQUI a certidão emitida pela diretora Mariana Liria

Fonte: Fenassojaf