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GRUPO DE TRABALHO PARA PADRONIZAÇÃO DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E DE PESSOAL DA JT REALIZA REUNIÃO


 

O grupo de trabalho destinado a promover estudos sobre a padronização da estrutura organizacional e de pessoal da Justiça do Trabalho realizou, na terça-feira (08), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, a primeira reunião. O encontro tratou, entre outros temas, do impacto do Processo Judicial Eletrônico (PJe) nas rotinas de trabalho, da eficiência e da eficácia da prestação jurisdicional e da limitação orçamentária para a renovação do quadro de servidores.

O presidente do TST e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT), ministro Brito Pereira, ressaltou a necessidade de padronizar procedimentos e otimizar equipes e espaços. “O PJe permite que atualizemos a nossa organização física e otimizemos nossos espaços. Nosso trabalho está mais ágil. Agora, precisamos melhorar também a nossa estrutura”, afirmou. Uma das propostas do grupo de trabalho, segundo o ministro, é ouvir experiências de outros ramos da Justiça. “Este é um projeto de longo prazo, que demandará muito diálogo”, concluiu.

Para o ministro Augusto César Leite de Carvalho, coordenador do grupo, o objetivo é estudar os sistemas de pessoas e de recursos tecnológicos para propor um melhor modelo de organização interna e, assim, permitir o uso mais racional dos recursos tecnológicos disponíveis. O ministro destacou, entre alguns pontos que merecem atenção, “a promoção de um ambiente de trabalho mais equitativo, a redistribuição de pessoal com base nos fluxos processuais, a identificação de serviços que possam ser compartilhados a distância e a preservação da autonomia funcional dos juízes”.

Restrição orçamentária

Ao comentar os efeitos da Resolução CSJT 63/2010, que institui a padronização da estrutura organizacional e de pessoal dos órgãos da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, e da Resolução CNJ 219/2016, que dispõe sobre a distribuição de servidores, de cargos em comissão e de funções de confiança nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo graus, os presentes manifestaram preocupação com a restrição orçamentária. Segundo o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, ministro Lelio Bentes Corrêa, há nas correições “uma queixa unânime dos Tribunais de que não há servidores suficientes para atender a atividade-fim”.

O corregedor assinalou que, em razão das restrições de nomeação, é preciso repensar o fluxo de trabalho. “Não podemos tratar o PJe como um processo físico no computador. Temos que descobrir quais tarefas podem ser automatizadas e qual é a qualificação que precisamos dar aos nossos servidores para lidar com essas ferramentas”, ressaltou. “Nosso propósito deve ser otimizar as forças de trabalho disponíveis dentro das circunstâncias atuais”.

Durante a apresentação das expectativas que cada membro tinha em relação aos resultados futuros, o assunto foi novamente lembrado. Eles ressaltaram a importância de quebrar o paradigma atual e de pensar em termos de organograma, para concentrar a atenção em processos de trabalho. Também se preocuparam com o impacto desses processos nos servidores e, por fim, levantaram a hipótese de estudar a automatização de tarefas repetitivas.

O grupo de trabalho volta a se reunir nos dias 17 e 18 de outubro. Entre os temas da pauta estão a definição de equipes para analisar, separadamente, o primeiro e o segundo graus e a coordenação metodológica. Também será definido o cronograma das atividades.

Fonte: CSJT, editado por Caroline P. Colombo